Inicialmente, alguns esclarecimentos acerca do tema:
ESTRELA FLAMÍGERA é também conhecida por ESTRELA FLAMEJANTE ou ESTRELA FLAMANTE.
Não se deve confundir a ESTRELA FLAMÍGERA (pentagrama) com o SELO DE SALOMÃO (hexagrama). Este último é formado por dois triângulos de lados iguais (eqüiláteros) opostos pela base e entrelaçados, enquanto que o primeiro tem a forma de estrela de cinco pontas.
Tampouco se deve confundi-la com o DELTA LUMINOSO. Este se situa atrás e acima da cadeira do Venerável. Esta última distinção é necessária porque alguns rituais colocam a ESTRELA FLAMÍGERA no interior do DELTA LUMINOSO.
Por detrás da Estrela Flamígera irradiam chamas, que não se deve confundir com raios.
O termo flamejante vem do fogo. Reconhecido pelos antigos como um dos quatro elementos do mundo, o fogo é um principio ativo, transmutador e transformador.
A LETRA G, que é encontrada no centro da Estrela Flamígera, não é abordada neste trabalho, pois é incontestavelmente um enigma maçônico, cujos mistérios que pairam sobre ela e as infinitas interpretações e significados que lhes são atribuídos pelas diversas correntes, a faz por merecer profundo estudo à parte.
A ORIGEM DA ESTRELA FLAMÍGERA
Se pedirmos para uma criança, em fase inicial de aprendizado, desenhar a figura de uma estrela, ela certamente irá desenhar uma estrela de 5 pontas, e a ela irá atribuir o significado de apenas algo que brilha no céu.
Entretanto, o símbolo estrela de 5 pontas é encontrado desde as milenares culturas Egípcia, Hebraica, Greco-Romana, Romano-Cristão, Chinesa, assim como nos estudos da Cabala, da Numerologia e do Tarô, nos estudos de Pitágoras, sendo-lhe atribuído os mais diversos significados.
E tendo uma estrutura simbólica e ritualística, a Maçonaria reconhece heranças procedentes dessas diversas tradições e culturas, com as quais teve contato durante a sua existência, sobretudo no que se refere aos símbolos cosmogônicos relacionados com a construção.
Por se tratar da mais antiga, a Tradição Egípcia merece destaque especial dos escritores maçônicos, pois o antigo Egito foi um dos centros sagrados de onde surgiu grande parte do saber que contribuiu para dar forma, com sua influência sobre os filósofos gregos, à concepção do mundo.
Segundo os autores maçônicos, a herança egípcia foi transmitida à Maçonaria através, fundamentalmente, da Alquimia e do Pitagorismo.
Os pitagóricos usavam a Estrela Flamígera para representar a SABEDORIA e o CONHECIMENTO.
Theobaldo Varoli Filho afirma que, como símbolo maçônico, a Estrela Flamígera é rigorosamente de origem pitagórica, sendo que seus sentidos mágico, alquímico e cabalístico, assim como o seu aspecto flamejante, foi imaginado ou copiado por Cornélio Agrippa de Nettesheim (1486-1533), jurista, médico, teólogo e professor, amante da Magia e da Cabala.
UM POUCO SOBRE PITÁGORAS
Dada a acolhida pelos autores quanto a Estrela Flamígera ser de origem pitagórica, algumas breves informações sobre Pitágoras:
Pitágoras viveu cinco séculos antes de Cristo, na Grécia, onde foi filósofo, geômetra e moralista. Seu nome figura com excepcional destaque na história da matemática.
Permaneceu por alguns anos no Egito e lá, ainda jovem, freqüentou os templos e ouviu os Sacerdotes. Com os Sacerdotes, iniciou-se no estudo das ciências ocultas, aprendeu as regras do cálculo e chegou a conhecer recursos e artifícios da magia egípcia.
Ao regressar à Grécia, trazia Pitágoras a fama de ser um sábio, dotado de estranho poder, capaz de revelar aos homens todas as faces da vida e os segredos inatingíveis das coisas.
Ensinava aos seus fiéis discípulos que os números governavam o mundo e que, por isso, todos os fenômenos que ocorriam na terra, no ar, no fogo ou na água podiam ser expressos, avaliados e previstos por meio de números.
Para ele, o número não era considerado como uma qualidade abstrata, mas como a virtude intrínseca ética de um Supremo, o Deus, a origem da harmonia universal.
ALGUNS SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS À ESTRELA FLAMÍGERA
Segundo Lavagnini:
Lavagnini escreve que a estrela de cinco pontas simboliza a imagem de um homem, com as pernas e os braços abertos, em correspondência com as quatro pontas laterais, sendo a cabeça correspondente à ponta superior, representando o equilíbrio ativo e a sua capacidade de expressão. Desta forma, simboliza que o homem se acha no centro da vida e, com a sua atividade, irradia de si mesmo a sua própria luz interior, exatamente como se acha a estrela no espaço.
Segundo Varoli:
Varoli atribuiu às cinco pontas da Estrela os cinco sentidos que estabelecem a comunicação da Alma com o Mundo Material (tato, audição, vista, olfato e gosto), dos quais, para os maçons, três servem à comunicação fraternal, pois é pelo tato que se conhecem os toques; pela audição se percebem as palavras e as baterias; pela vista que se notam os sinais.
Segundo Castellani e Rodrigues:
Dentre os diversos significados pesquisados, este grupo, particularmente, elegeu como mais profundo e reflexivo aquele atribuído pelos autores José Castellani e Raimundo Rodrigues, o qual assim resumimos:
A Estrela Flamejante representa o HOMEM IDEAL, que deve ser a grande aspiração do Campanheiro-Maçon. A Estrela Flamejante é LUZ e luz é o grande símbolo da Verdade e do Saber.
O Sol, a Lua e a Estrela Flamejante têm uma significação bem diferente daquela que lhes é atribuída no mundo profano. As luzes que cultuamos na Maçonaria nos proporcionam uma outra visão, muito mais abrangente e de muito maior valor para a nossa vida, pois elas iluminam a estrada de nossa existência, no campo mental e espiritual.
A Estrela Flamejante serve de alerta ao Companheiro-Maçom sobre a sua responsabilidade de auto-melhoramento, não se deixando dominar por paixão alguma, evitando todo e qualquer excesso.
Logo, é preciso que procure distinguir sempre as diferenças que existem entre paixão, emoção e sentimento. A paixão é inadmissível no Maçon; é perigosa e deve ser afastada sempre porque é irracional e conduz perigosamente ao fanatismo.
Isto significa que tudo se resume numa única palavra – virtude. Virtude é a disposição íntima pela qual a alma se põe em harmonia consigo mesmo. A prática da virtude consiste na anulação das paixões e na superação do próprio Ego.
Quando a Maçonaria quer que a Pedra Bruta se transforme em Pedra Cúbica, ela está lembrando ao Iniciado que ele deve manter uma luta progressiva e sem tréguas pelo domínio de si mesmo, colocando próprio ego sobre o mais absoluto controle.
Leibniz, filósofo que viveu no século XVIII, já dizia: “Só Deus é perfeitamente livre; as criaturas o serão, mais ou menos, na medida que se coloquem acima das paixões”.
Bibliografia:
Cartilha do Companheiro
José Castellani e Raimundo Rodrigues
Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda.
A Simbólica Maçônica
Jules Boucher
Editora Pensamento .
Curso de Maçonaria Simbólica
Theobaldo Varoli Filho
Editora A Gazeta Maçônica
Simbolismo do Segundo Grau
Rizzardo da Camino
Editora Madras
O Companheirismo Maçonico
Rizzardo de Camino
Editora Madras
2ª Edição
O Companheiro Maçom
Heitor Botelho
Editora “A TROLHA” Ltda.
domingo, 22 de julho de 2007
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2 comentários:
depois de dois anos estudando discubrir varios segredos masonicos pois agora vou usar ameu favor benefico pois sou homen do bem e adimiro voçeis mais manterei segredo
pois asociedade e ipocrita nao intenderia averdadeira sabedoria
agradeço pelo comentario
xavier 9924-2100
sou pedreiro e sei lidar com compaso e esquadro
A ESTRELA FLAMÍGERA, não pode e nem é a mesma coisa de FLAMEJANTE OU FLAMANTE. A Estrela Flamejante pode ser tanto de 05 quanto de 06 pontas. Altere. Leia esta explicação melhor aqui:
http://www.fraternidadeserrana.com.br/As%20cinco%20faces%20da%20Estrela%20Flam%EDgera.htm
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